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Yahoo quer comprar o Chrome, caso o Google tenha que vendê-lo


O Yahoo, concorrente direto do Google, demonstrou interesse em comprar o Chrome. Diante da possibilidade de uma venda compulsória do navegador como forma de mitigar o monopólio da gigante de Mountain View, o gerente geral do Yahoo Search, Brian Provost, afirmou que a empresa estaria disposta a negociar.

A informação veio à tona durante o depoimento do executivo na disputa judicial entre o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e o Google. O tribunal discute quais medidas devem ser tomadas para restaurar a competitividade no setor de buscas online, no qual o Google foi classificado como monopolista.

Uma das alternativas em pauta é justamente a venda do navegador Chrome. A OpenAI, dona do ChatGPT, já havia manifestado interesse na aquisição; agora, foi a vez do Yahoo declarar que também está de olho no aplicativo.

O Chrome é um dos players mais importantes do mercado de buscas. (Fonte: Unsplash)

Segundo Provost, cerca de 60% das buscas são feitas por meio de navegadores, muitas delas diretamente na barra de endereços — chamada de “Omnibox” no Chrome. Considerando esse padrão de comportamento, o Yahoo está desenvolvendo seu próprio navegador, mas também avalia adquirir uma solução já consolidada.

Desenvolver um navegador do zero até a fase de prototipagem levaria entre seis e nove meses, estimou o executivo. A compra de um navegador pronto aceleraria significativamente esse processo, eliminando etapas de design, desenvolvimento e testes — tarefas que normalmente exigem anos e ainda assim não garantem sucesso.

Quanto custaria o Chrome?

Para Provost, o Chrome é “sem dúvida o player estratégico mais importante da web”. Ele acredita que a participação de mercado do Yahoo poderia saltar dos atuais 3% para até dois dígitos com a aquisição do navegador.

No entanto, comprar o Google Chrome exigiria um investimento de bilhões de dólares. O Yahoo, por si só, não teria recursos suficientes para essa transação, mas sua controladora, a Apollo Global Management, poderia viabilizar a compra.

O único entrave seria o histórico da Apollo com outro navegador: o clássico Netscape. O app teve grande importância nos anos 1990, mas foi ofuscado no início dos anos 2000 pelo Internet Explorer, navegador nativo do Windows — uma estratégia da Microsoft que também levou a empresa a enfrentar um processo antitruste, semelhante ao atual caso do Google.

Desfecho ainda pode demorar

Independentemente do resultado da disputa judicial entre o DOJ e o Google, é provável que o desfecho leve meses — ou até anos — para se concretizar. Litígios dessa magnitude costumam se arrastar nos tribunais e impactar o mercado mesmo antes de uma decisão final.

Um homem sentado em um sofá com um notebook no colo, entrando na página principal do Google.
Qualquer desfecho deve levar meses ou anos para se concretizar. (Fonte: GettyImages)

Mais recentemente, o Google voltou atrás em sua proposta de eliminar cookies de terceiros no Chrome. A empresa ainda busca tornar a navegação mais amigável e privada, mas as soluções propostas até agora vêm sendo criticadas por comprometer a competitividade no setor de publicidade digital.

A decisão judicial está prevista para setembro de 2025, mas o Google poderá recorrer, o que pode estender ainda mais o processo.

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