Imagem: Divulgação/Netflix
Os assinantes da Netflix já podem conferir a nova temporada de Black Mirror, que estreou no streaming. Conhecida por apresentar futuros distópicos, nos quais a tecnologia não necessariamente mudou nossas vidas para melhorar, a produção tem rendido várias comparações com Ruptura, produzida pela Apple TV+.
Segundo o criador da antologia, Charlie Brooker, ele está ciente da existência de semelhanças entre as duas produções. E, justamente por isso, está evitando assistir à história sobre os internos e externos para não “ficar com inveja” do conteúdo que ela está entregando a seus fãs nas duas temporadas disponíveis.
Criador de Black Mirror teme sua reação a Ruptura
Em uma entrevista ao The Hollywood Reporter, Brooker admitiu que muitos fãs já compartilharam com ele suas impressões sobre Ruptura. Justamente por isso, ele tem evitado dar uma chance à série da Apple TV+, já que acredita que será inevitável fazer comparações com seu próprio trabalho.
“Há certamente um show que não assisti que me deixou com inveja”, admitiu o criador de Black Mirror. “As pessoas continuam me falando para assistir Ruptura, e eu não me deixei fazer isso porque elas também me dizem ‘ah, você vai adorá-la. É um pouco como Black Mirror — mas muito melhor’”.
Enquanto as duas séries certamente têm suas semelhanças temáticas, ambas lidam com suas histórias de maneira bastante diferente. A produção da Netflix adota um formato de antologia, na qual a maioria de suas tramas acontece dentro de um contexto fechado, com começo, meio e fim bem delimitados dentro de um único episódio.
No entanto, Brooker admitiu que, depois de tantos anos de produção, pode acabar mudando um pouco a fórmula. Prova disso é que a sétima temporada traz pela primeira vez uma continuação direta de um capítulo do passado, na forma de uma nova trama focada nas aventuras da nave espacial USS Callister.
Série pode adotar estrutura mais livre
Segundo o criador de Black Mirror, o experimento da sétima temporada pode ser o início de uma abordagem mais livre para o futuro. “Fizemos uma sequência pela primeira vez. Agora estamos olhando para episódios antigos e pensando ‘como podemos revisitar essa ideia?’ Enquanto for interessante, tiver permissão de fazê-lo e as pessoas continuarem a assistir, eu adoraria continuar fazendo o show”, explicou.
Brooker também afirmou que, enquanto a Netflix lhe dá bastante liberdade, ela também fornece sugestões úteis. A plataforma de streaming é responsável por muitas das “pausas tonais” da produção, fazendo com que a ordem indicada dos capítulos disponíveis siga um caminho interessante e envolvente para o público.
Como exemplo disso, Brooker afirmou que queria abrir a Temporada 3 com “San Junipero” ou “Versão de Testes”. No entanto, o streaming o convenceu a escolher “Queda Livre”, um episódio com uma trama mais acessível e que se mostrou certeiro. “Há um elemento na ordem disso que é como sequenciar um álbum. Você precisa de pausas tonais”.
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