Descontinuado em 2021, PUBG Lite deixou saudades entre jogadores brasileiros que buscavam uma experiência de battle royale no PC sem exigir um hardware potente. A boa notícia é que a Tencent não descarta o retorno da versão mais leve do game.
Durante entrevista ao Voxel na Gamescom Latam, Fabio Santana, head de comunicação da Tencent e da Level Infinite no Brasil, revelou que o assunto ainda está no radar da empresa — embora sem nada concreto no momento. “O time de desenvolvimento está constantemente trabalhando nisso”, afirmou Fabio. “A gente sempre tenta otimizar e analisar as possibilidades para tornar o jogo mais acessível. Não temos algo para anunciar agora, mas é uma preocupação constante.”
Lançado em 2019 e encerrado em abril de 2021, PUBG Lite era uma versão alternativa de PUBG para computadores com especificações modestas. No Brasil, o título encontrou uma comunidade fiel, especialmente entre jogadores que cresceram nas lan houses e não possuem acesso a máquinas de ponta.
“A gente sempre tenta otimizar e analisar as possibilidades para tornar o jogo mais acessível.”
PUBG Mobile: o sucesso que roda em qualquer celular
Hoje, a principal vitrine da Tencent no país é PUBG Mobile, lançado em 2018 e que continua firme com uma base sólida de jogadores. Fabio destaca que o game foi projetado para rodar em uma enorme variedade de dispositivos, algo essencial num mercado como o brasileiro.
“A gente sabe que no Brasil a média de hardware não são fones topo de linha. Então é importante que o jogo ofereça uma experiência positiva também em aparelhos de entrada, como é o caso do PUBG Mobile”, explica. Segundo ele, isso foi essencial para o sucesso do título em mercados emergentes, onde o acesso a consoles e PCs de alto desempenho é mais restrito.
“É importante que o jogo ofereça uma experiência positiva também em aparelhos de entrada, como é o caso do PUBG Mobile.”
Além disso, o gênero de tiro sempre teve forte apelo no Brasil. “Desde a época das lan houses com Counter-Strike, o brasileiro é apaixonado por shooters. E o celular permitiu ampliar ainda mais esse acesso”, relembra o executivo.
Atualizações constantes mantêm o interesse
Com sete anos de estrada, PUBG Mobile segue relevante graças a um ciclo contínuo de atualizações. Entre os exemplos mais recentes estão mecânicas malucas, como superpoderes, chefes no mapa e até habilidades de voltar no tempo. Tudo isso dá uma cara nova ao jogo a cada temporada.
“O gameplay clássico continua existindo, mas o jogo se reinventa. São modos diferentes, experiências criativas e até ferramentas de criação de mapas e skins feitas pelos próprios jogadores”, diz Fabio. Ele destaca ainda o Mundo das Maravilhas, sistema que permite alterar regras do jogo para criar experiências únicas, e o PDP (Top Design Project), que promove concursos de design com prêmios em dinheiro.
Segundo o porta-voz da Tencent, o foco é manter o jogo divertido, acessível e em constante evolução. E esse cuidado se reflete na comunidade: ativa, engajada e cada vez mais parte do desenvolvimento.
Localização: a ponte entre cultura e comunidade
Além do desempenho técnico e das mecânicas inovadoras, a localização tem sido um pilar fundamental da estratégia da Tencent no Brasil. Isso vale tanto para PUBG Mobile quanto para Honor of Kings, outro grande sucesso da publisher no país.
No caso de Honor of Kings, o Brasil foi o primeiro país fora da China a receber o jogo oficialmente. A equipe brasileira cuidou de adaptar todos os aspectos da experiência — dos servidores locais e baixo ping até a dublagem de todos os heróis com vozes conhecidas do público, como Wendell Bezerra (voz do Goku) e a dubladora da Mulan da Disney.

“Foi um lançamento muito especial, feito com muito carinho. Tivemos até a criação de uma personagem original inspirada no folclore brasileiro, a Luara, que controla o Boitatá”, comenta Fabio. “Esses detalhes fazem diferença na conexão com o público.”
Cultura local e protagonismo brasileiro
A Tencent aposta cada vez mais no Brasil como protagonista, não apenas como consumidor. Para Fabio, o trabalho da equipe local é essencial para transmitir as demandas da comunidade e colaborar diretamente com os desenvolvedores na China.
“Honor of Kings traz figuras da literatura e história chinesa, mas também é uma porta de entrada para a cultura chinesa com tempero brasileiro. É uma mistura muito rica”, diz. Com skins inspiradas em capoeira, feriados locais e vozes brasileiras, o jogo se molda ao público nacional sem perder suas raízes.

O mesmo vale para PUBG Mobile, com colaborações com IPs de cinema, anime e eventos regionais. Segundo Fabio, é um esforço constante para manter o jogo atualizado e próximo do jogador brasileiro — seja com conteúdos globais ou experiências localizadas.
E aí, você gostaria de ver o retorno de PUBG Lite ou já está contente com PUBG Mobile e Honor of Kings? Comente nas redes sociais do Voxel!
Redirecionando…
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