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Pentágono vai usar IA para prever ameaças potenciais no campo de batalha


Aproveitando os avanços promovidos pela tecnologia, o Pentágono vai usar inteligência artificial para prever ameaças potenciais em operações militares no campo de batalha, em uma tentativa de se antecipar às ações inimigas. Como revelou o site Defense One na terça-feira (13), a novidade será integrada ao Projeto Maven.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos já utiliza IA em diversas tarefas, como na análise de dados de satélites e informações obtidas de outras fontes, auxiliando a localizar alvos. Mas com a atualização que está chegando ao sistema, o órgão poderá ir além da identificação de objetos.

O Pentágono está ampliando o uso de IA. (Imagem: Getty Images)

Como o Pentágono usará IA para fazer previsões?

De acordo com o diretor da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos EUA (NGA), Frank Whitworth, o programa treinado para examinar dados visuais e outros elementos à procura de alvos específicos está ganhando novos recursos de raciocínio de IA. Com isso, a ferramenta será capaz de identificar certas “anomalias”.

  • Essas anomalias podem ser um armazém de armas ocupado ou desocupado ou um caminhão parado em um local no qual não deveria estar, por exemplo;
  • Além de examinar tais objetos, os novos modelos de IA adicionados ao sistema poderão detectar comportamentos nos arredores, prevendo ameaças potenciais;
  • A agência também usará o Ambiente de Produção de Serviços Analíticos do Sistema Nacional de Geointeligência (ASPEN) para otimizar as análises;
  • Está previsto, ainda, o reforço no treinamento de analistas de dados que ficarão responsáveis por refinar os relatórios gerados pela IA, melhorando a precisão das previsões.

“Estou muito confiante no treinamento de nosso pessoal e também em sua capacidade de treinar esses modelos. No entanto, neste negócio, você está sempre procurando alguma corroboração para ter certeza absoluta: ‘Sim, temos uma identificação positiva'”, ressaltou o vice-almirante, em entrevista.

Segundo Whitworth, é essencial que o sistema, incluindo os algoritmos e os humanos, consiga analisar todas as camadas dos dados para distinguir inimigos de não inimigos. Só depois de tal confirmação, a ferramenta alertará tanto as tropas no campo de batalha quanto o presidente sobre uma ameaça potencial.

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A tecnologia já é usada para localizar alvos. (Imagem: Getty Images)

O que é o Projeto Maven?

Lançada pelo Pentágono em 2017, a iniciativa Algorithmic Warfare Cross Functional Team, também chamada de Projeto Maven, surgiu a partir de uma parceria entre o Exército dos EUA e o Google. Ela envolve a utilização de aprendizado de máquina no processamento de dados de variadas fontes, com revisão humana ao final.

Depois de algum tempo, o Google abandonou a iniciativa, que passou a ser de responsabilidade apenas das forças militares americanas. O projeto vem passando por várias atualizações, adicionando novas tecnologias, e desde 2022 foi integrado à NGA.

Uma das próximas novidades da iniciativa pode ser o GAMBLER, que deve adicionar recursos de IA aos caças americanos. Os modelos usados no mecanismo são baseados em ferramentas inteligentes atualmente utilizadas em drones e sensores portáteis.

Conforme Whitworth, o número de oficiais que aderiu à base de usuários do Maven aumentou quatro vezes em um ano, indicando que mais órgãos estão confiando na IA e incorporando-a em suas operações. Ele acredita que a demanda continuará a crescer e que a NGA pode até ter dificuldade para atender a todos, em algum momento.

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