A empresa de inteligência artificial OpenAI, dona do serviço ChatGPT, não vai mais se tornar uma empresa totalmente com fins lucrativos. Ela anunciou o recuo do planejamento anterior nesta segunda-feira (5) em uma postagem no blog oficial da companhia.
A OpenAI alega que tomou a decisão “depois de escutar entidades civis e engajar em diálogo construtivo” com advogados e a procuradoria-geral de estados norte-americanos.
Os planos para virar uma empresa com fins lucrativos foram inicialmente noticiados em setembro de 2024 e detalhados pela OpenAI alguns meses depois, quando ela já buscava instituições financeiras interessadas. A ideia era que o processo acontecesse ainda este ano.
“A OpenAI não é uma companhia normal e nunca será. Nossa missão é garantir que a IA geral beneficie toda a humanidade”, diz Sam Altman, CEO e cofundador, em uma carta também publicada.
Como é a nova estrutura da OpenAI
Segundo os planos agora descartados, a OpenAI passaria a responder especificamente a investidores — como a Microsoft, atualmente uma das empresas que mais injetou dinheiro na companhia, e a Softbank, uma das interessadas em ampliar a participação.
Já a fundação sem fins lucrativos continuaria apenas como uma participantes no negócio, sem papel de supervisão e mais focada em iniciativas de caridade e bem-estar, como nos setores de saúde, ciência e educação.
A partir de agora, a OpenAI fica organizada da seguinte maneira, inspirada em rivais como Anthropic e x.AI:
- O braço não-lucrativo continua como a detentora do controle da empresa;
- A unidade lucrativa será transformada em uma corporação de benefício público (PBC), entidade que pode captar recursos, mas possui um objetivo mais voltado para a sociedade;
- Funcionários, investidores e entidades não-lucrativas terão uma parcela de ações;
Por que a OpenAI voltou atrás?
Levando em conta o comunicado da OpenAI e uma reportagem da CNBC, é possível identificar alguns pontos que dificultaram o processo de mudança da OpenAI e levar a companhia a não se tornar uma empresa de fins lucrativos.
- As dificuldades jurídicas e burocráticas seriam muitas, em especial na definição de qual seria o papel da divisão não-lucrativa;
- Os riscos regulatórios e éticos por receber mais investimentos e ter menos amarras para operar no setor de IA;
- Críticas de ex-funcionários e especialistas do setor, incluindo antigos diretores da OpenAI que deixaram a companhia nos últimos meses;
- O processo movido por Elon Musk, cofundador e hoje um dos maiores críticos da OpenAI, tentando impedir a mudança.
Sabia que o ‘por favor’ e ‘obrigado’ enviados ao ChatGPT já custaram milhares de dólares à OpenAI? Saiba mais sobre o assunto nesta matéria!
Redirecionando…
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