A Justiça do Rio Grande do Norte manteve nesta terça-feira (10), após audiência de custódia, a prisão do auditor fiscal aposentado suspeito de homofobia e de ameaçar de morte o próprio filho.
O homem, que não teve o nome divulgado, foi detido na segunda-feira (9) no bairro Candelária, na Zona Sul de Natal.
Segundo a Polícia Civil, o auditor fiscal aposentado é investigado pelos crimes de discriminação, injúria qualificada, ameaça e violência psicológica.
De acordo com a Polícia Civil, o homem não aceitava a orientação sexual do filho e, nos últimos dias, disse que iria a um evento da família – para o qual ele não havia sido convidado – e atentaria contra a vida do jovem.
“É de conhecimento de toda a família. Ele não escondia de que pretendia ou ele mesmo matar ou ele contratar alguém para matar”, explicou a delegada Paoulla Maués, titular da Delegacia Especializada de Combate a Crimes de Racismo, Intolerância e Discriminação (DECRID), responsável pela investigação.
Contra o suspeito, foi expedido pela 15ª Vara Criminal da Comarca de Natal um mandado de prisão preventiva e um de busca e apreensão domiciliar.
A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil e do cão policial Aquilles, diante da suspeita de que o investigado possuía armas de fogo na residência.
Violência psicológica começou em 2020
As investigações apontaram que os episódios de homofobia e violência psicológica tiveram início em 2020, quando o pai tomou conhecimento da homossexualidade do filho. Desde então, as ameaças teriam se tornado frequentes, segundo a Polícia Civil.
A situação se agravou recentemente com a proximidade do evento familiar previsto para ocorrer ainda nesta semana, em um município do interior do estado.
De acordo com a polícia, o investigado teria afirmado que compareceria ao encontro mesmo sem ter sido convidado, com o propósito de atentar contra a vida do filho.
“Temos relatos dessas ameaças constantes que se intensificaram ao longo desses últimos dias em razão de um evento familiar que o investigado não foi chamado, não foi convidado, era proibido de entrar”, explicou a delegada Paoulla Maués.
“Mas ele disse que iria viajar para o interior do estado, onde ocorreria esse evento familiar e que iria mostrar para todo mundo ‘quem é macho de verdade’, e que ele iria sim executar o próprio filho”.
Durante a abordagem, ele confirmou aos policiais que tinha viagem marcada para o mesmo local, mas não explicou os motivos.
Redirecionando…
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