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Guerra dos drones: Reino Unido proíbe exportação de controles de videogame para a Rússia


O Reino Unido decidiu proibir a exportação de controles de videogame para a Rússia, devido ao uso nada recreativo desses dispositivos pelas forças militares do país na guerra contra a Ucrânia. A medida foi anunciada pelo governo britânico nesta quinta-feira (24).

Normalmente utilizados para a diversão, nos mais variados tipos de jogos e consoles, os joysticks estão sendo aproveitados para controlar drones em ataques direcionados ao território ucraniano, de acordo com as autoridades inglesas. O equipamento passou a ser incluído em uma extensa lista de itens com envio proibido para a Rússia.

Com os joysticks, as tropas russas pilotam os drones remotamente. (Imagem: Getty Images)

“Também estamos proibindo totalmente o envio de controles de videogame para a Rússia, impedindo que sejam usados para pilotar drones na linha de frente, o que significa que os consoles de jogos não serão mais reutilizados para matar na Ucrânia”, justificou o Ministro de Sanções do Reino Unido, Stephen Doughty, durante o anúncio.

A restrição surgiu horas depois de as tropas de Vladimir Putin lançarem o maior ataque de drones contra Kiev deste ano. A ofensiva, que incluiu o uso de mísseis, resultou em 12 mortes e 90 feridos, de acordo com autoridades ucranianas, levando o presidente dos EUA, Donald Trump, a pedir para que o governo russo parasse a ação imediatamente.

Outras sanções contra a Rússia

A proibição da exportação de controles de videogame do Reino Unido para a Rússia faz parte do novo pacote de sanções comerciais do governo britânico contra o Kremlin. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a lista soma, agora, um total de 150 itens que não podem ser enviados ao território russo.

Vários outros produtos tecnológicos foram incluídos, como softwares que facilitam as buscas por poços de petróleo e gás ainda não explorados. Circuitos eletrônicos e mais componentes que fazem parte da construção de sistemas de armas tiveram, igualmente, a exportação cancelada.

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Os drones estão envolvidos em alguns dos ataques mais letais da guerra entre Rússia e Ucrânia. (Imagem: Getty Images)

Esta sanção mais recente afetou, ainda, o envio de máquinas, metais e produtos químicos que, de alguma forma, são utilizados pela indústria da guerra comandada por Putin. “Hoje, estamos exercitando nossos poderes para sufocar a máquina de guerra russa, salvar vidas ucranianas e proteger as empresas britânicas da exploração cínica russa”, comentou Doughty.

O novo pacote medidas já entrou em vigor, reforçando o foco do governo britânico nas sanções comerciais. A ideia é enfraquecer os setores de defesa e energia da Rússia, que podem ser bastante impactados pela ausência das tecnologias e dos componentes cuja exportação foi proibida.

Guerra dos drones

Assim como a Rússia, a Ucrânia também tem os drones como uma de suas principais armas. Em março, a Folha de S. Paulo mostrou operadores dessas aeronaves não tripuladas em ação, controlando remotamente os dispositivos que decolam em missões contra as tropas inimigas.

O trabalho deles depende de controles de videogame como os que estão tendo a exportação proibida. Além do joystick, os pilotos de drone utilizam óculos de realidade virtual para operar as pequenas aeronaves no campo de batalha, geralmente terminando suas ações com os objetivos alcançados.

Baixo custo, facilidade de operação, furtividade e eficiência são algumas das principais características dos drones aproveitadas militarmente. Eles estão cada vez mais presentes nos conflitos, muitas vezes substituindo, com sucesso, atiradores humanos e outros equipamentos, se tornando uma das armas mais letais na guerra atual.

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