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Estudantes denunciam casos de importunação sexual em ônibus circular da UFRN em Natal


Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) abriu inquérito para investigar denúncias de casos de importunação sexual no ônibus circular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), no campus de Natal.

Cerca de 20 boletins de ocorrência foram registrados, segundo a polícia. A Ouvidoria da UFRN também confirmou que recebeu pelo menos 29 denúncias sobre a onda de importunação sexual no circular.

Em nota, a UFRN informou que irá colaborar com a polícia na identificação do suspeito. A Universidade informou ainda que oferece apoio às estudantes, mas não detalhou como.

“O nosso papel é ter essa escuta, promover orientações, promover alguns encaminhamentos que a gente ache que sejam pertinentes diante do sofrimento que a gente sabe que é causado nos casos de violência, de assédio, discriminação ou qualquer outro tipo de violência na instituição”, disse a assessora técnica de Desenvolvimento Pessoal da UFRN Juliana Paiva.

Veja relatos de vítimas

Os casos, segundo as estudantes, teriam sido cometidos por um único suspeito. As estudantes citaram que o suspeito entra nos coletivos e utiliza uma bolsa para disfarçar os atos libidinosos.

Algumas estudantes conversaram com a reportagem da Inter TV Cabugi, mas preferiram não se identificar.

Relato 1: “Ele sentou ao meu lado, o ônibus estava bem vazio, e botou a mochila em cima do colo, e ficou com a mão escondida. No começo eu não achei que era, mas aí depois eu percebi que era. Ele é um rapaz bem alto, negro, com cabelo crespo e usa uma mochila bem grande”.

Relato 2: “Eu estava sozinha no Expresso Reitoria, sentada sozinha no caso. E veio esse homem sentar ao meu lado , com uma mochila grande. Ele começou a empurrar muito essa mochila pro meu colo. Uma das mãos dele estava embaixo dessa mochila e outra em cima, pressionando essa mochila contra o meu colo para que eu não pudesse sentir a mão dele tocando a minha coxa. Então eu fiquei assustada, fiquei muito em choque, fiquei me tremendo e a única reação que eu tive foi pedir pra que ele se afastassse e, se pudesse, saísse. Ele se afastou assustado e eu consegui sair do circular”.

A polícia também reforçou que outras possíveis vítimas devem procurar a DEAM para registrar os casos, auxiliando assim na identificação e prisão do suspeito.

g1 RN



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