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Drones para entregas: quando veremos isso no Brasil?


Hoje em dia, o e-commerce é a primeira opção de muitas pessoas quando querem adquirir novos produtos. Como há muita concorrência, a agilidade na entrega é um dos quesitos que pode fazer uma loja se diferenciar de outra. E a entrega feita por drones pode ser uma forma de realizar essa operação de maneira muito ágil.

Embora já seja bastante usada em outros países, a entrega por drones ainda vai levar um tempo até se tornar um serviço de larga escala aqui no Brasil. Entretanto, em 2022, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a primeira operação comercial de delivery utilizando drones no país. Vejamos a seguir como está essa questão hoje e quando ela deve se tornar mais uma opção de entrega rápida por aqui.

Como acontece a entrega por drones?

A entrega por drones demanda uma logística complexa. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Em vários países, como os Estados Unidos, a entrega por drones já é um serviço explorado comercialmente. A Amazon lançou ainda em 2016 o serviço Prime Air, que consegue levar a mercadoria até a casa do cliente em até 30 minutos. Após esse lançamento pioneiro, o serviço se tornou viável a partir de junho de 2022.

A demora é porque esse tipo de serviço de entrega envolve uma logística muito complexa, além de necessitar de autorização específica da entidade responsável que controla o espaço aéreo. Para que a entrega por drones possa ocorrer, é necessário atender a alguns fatores:

  • Definição de rotas: os drones percorrem uma rota pré-definida e autorizada pelo órgão competente. A empresa, então, deve ter em mãos o mapeamento da área para poder definir a logística – o que envolve, por exemplo, o tempo dos voos e a organização das etapas para a entrega.
  • Formação de “avenidas aéreas“: são as rotas que o drone vai percorrer para chegar de um ponto até o outro. Essa rota é percorrida e comandada pelos operadores de voo, que não podem alterá-la durante o trajeto do drone.
  • Estabelecimento dos “drones ports: é preciso que haja locais específicos para decolar e aterrissar os drones. Esses “aeroportos” precisam comportar uma estrutura de cerca de 4 x 4 metros, com suporte tecnológico e área extra de isolamento no entorno.

Vantagens e desvantagens da entrega por drones

É preciso ocorrer várias definições antes de iniciar a exploração da entrega por drones. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

O desenvolvimento da logística de entrega por drones se deu justamente por conta de sua principal vantagem: a agilidade na hora de levar o produto até o cliente. Mas há outros aspectos positivos, sendo um deles o baixo custo com consumo de combustível do drone, tornando-o altamente eficiente em relação, por exemplo, a um deslocamento feito por um entregador humano.

Em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, a entrega por drones também é uma forma de desafogar o trânsito, o que pode significar menos acidentes e um menor fluxo de veículos nas vias. Uma vez que o drone percorre vias aéreas, ele também não vai ficar parado em congestionamentos.

Por outro lado, há vários outros aspectos que talvez possam ser considerados desvantajosos, e requisitam análise cuidadosa. Uma delas é a segurança: os drones podem estar sujeitos a roubos e interferências nas entregas por outros tipos de criminosos. E, quando operados sem responsabilidade, há também riscos de que eles se choquem com estabelecimentos ou até caiam, podendo ferir os transeuntes.

Não menos importante, deve-se considerar o aspecto humano e da empregabilidade. É claro que, se esse tipo de entrega se popularizar, ela deve gerar novos empregos para pessoas especializadas em pilotar drones e participar da operação logística. Mas também não se pode esquecer que o serviço pode diminuir a demanda por entregadores presenciais terceirizados, provocando um tipo de problema que precisa ser lidado tanto pelas empresas quanto pelos governos.

Vai se popularizar no Brasil?

Ação simbólica de entrega pelos Correios, ocorrida em Curitiba. (Fonte: Correios / Reprodução)

Ainda deve levar algum tempo para que essa modalidade de entrega se torne totalmente viável por aqui, uma vez que são necessárias várias decisões e adaptações do espaço urbano. É necessário, por exemplo, que os edifícios tenham espaços para pouso dos drones, faixas aéreas dedicadas para o trajeto dos drones, entre outros fatores.

Há também a questão da legislação, que depende diretamente da Anac, responsável por regularizar o espaço aéreo. Até o momento, a norma vigente no momento determina que os drones devem ser operados dentro do campo de visão do piloto.

Mas vale lembrar que algumas experiências já estão sendo feitas por aqui. Em março de 2025, os Correios fizeram a primeira entrega simbólica de uma encomenda transportada por drone. Ela ocorreu em Curitiba e foi parte do projeto para a criação de “aerovias” de entregas por drone desenvolvido pela Atech, empresa da Embraer responsável pelos sistemas de controle de voo no Brasil.

Na ocasião, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, declarou que a ação representaria um avanço significativo na modernização do serviço de entregas no Brasil. “Esta iniciativa pioneira dos Correios, em parceria com a Embraer, reforça nosso compromisso com a inovação e a eficiência no transporte de encomendas. Estamos acompanhando de perto esse desenvolvimento, que tem o potencial de transformar a conectividade e a acessibilidade dos serviços postais, levando mais agilidade e tecnologia para a população”, disse.

O drone que foi usado na ação foi elaborado com tecnologia 100% nacional e é capaz de suportar até 35 quilos. Para respeitar as normas da Anac, a entrega foi realizada em rota evitando o fluxo de pessoas. Ele decolou da Praça Afonso Botelho, sobrevoou a Ligga Arena e aterrissou com precisão na área externa do estádio. Dois carteiros participaram da entrega da encomenda, na decolagem e no pouso do drone.

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