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Diretor é preso após fraudar Netflix em US$ 11 milhões com série protagonizada por Keanu Reeves; entenda


Conhecido por comandar o longa-metragem 47 Ronins, lançado em 2013, o diretor Carl Rinsch foi preso na última terça-feira (18) na região de West Hollywood, na Califórnia. Ele é acusado de ter fraudado a Netflix em aproximadamente US$ 11 milhões, que foram obtidos com a promessa de finalizar uma série que nunca chegou a ser lançada.

Em 2018, o diretor foi contrato pelo streaming para produzir Conquest, que teria envolvimento do ator Keanu Reeves, estrela de 47 Ronin. No entanto, o projeto, que também teria Bruna Marquezine em seu elenco, nunca foi finalizado e o dinheiro que a empresa investiu nas gravações foi usado em fins bastante inusitados.

Entenda o caso do diretor que enganou a Netflix

Segundo registros de um processo que a Netflix move contra Rinsch, ele a convenceu a investir em Conquest — também conhecida como White Horse — em janeiro de 2018. O projeto foi aprovado pelo executivo Cindy Holland, que deixou a companhia em 2020, e previa um orçamento total de US$ 44 milhões.

Para convencer a plataforma a apostar no projeto, o diretor exibiu seis episódios curtos que já haviam sido gravados, bem como um trailer promocional. A presença de Reeves também ajudou nesse sentido, dado que ele já na época era considerado como uma das maiores estrelas da história recente de Hollywood.

As filmagens da série começaram em 2019, passando por cenários como Quênia, México, România, Berlim, Hungria e Uruguai. No entanto, durante as gravações no Brasil, o diretor estourou o orçamento previsto, afirmando que só seria capaz de entregar um único episódio, entre os seis que havia prometidos.

A produção foi reiniciada em dezembro do mesmo ano, depois de a Netflix concordar em investir US$ 11 milhões adicionais para que a primeira temporada fosse finalizada. O streaming afirma que Rinsch desviou esse dinheiro para suas contas pessoais em março de 2020, pouco após a soma ser transferida.

Metade do valor foi perdido em investimentos em uma empresa biofarmacêutica, que prometia uma cura para a pandemia da COVID-19. A outra parte foi investida na criptomoeda DOGE, o que acabou rendendo ao diretor aproximadamente US$ 27 milhões — soma que ele não investiu no projeto.

Streaming exige retorno de seus investimentos

Embora a Netflix tenha descartado Conquest como um prejuízo comercial e admitido que a série nunca vai ser lançada, a empresa exige que Reinsch devolva os US$ 11 milhões adicionais que deu a ele. Em sua defesa, ele afirma que os diversos bens de luxo que comprou — incluindo US$ 638 mil em colchões, US$ 295 mil em lençóis e US$ 180 mil em acessórios para cozinha, não foram destinados a seu uso pessoal.

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Segundo ele, todos esses gastos foram destinados à produção de uma segunda temporada da história, que nunca foi aprovada pelo streaming. Entre as demais aquisições feitas por ele estão US$ 5,4 milhões em móveis e US$ 2,4 milhões destinados a comprar uma Ferrari e cinco carros da marca Rolls Royce.

O streaming afirma que teve a certeza de que Conquest nunca seria feita durante uma reunião realizada em junho de 2020. Segundo a empresa, na época o diretor não estava nem um pouco interessado em falar sobre a produção, mas sim sobre “teorias que havia desenvolvido sobre a COVID-19, o universo, interconectividade, gêneros, Deus, chamados de fé e reprodução”.

Em resposta ao processo aberto pela empresa, o diretor afirma que o streaming ainda deve US$ 14 milhões para ele e que, na verdade, havia encomendado 13 episódios da série. O juiz responsável pelo caso negou o apelo, o que resultou na prisão registrada esta semana — o profissional é acusado de fraude, lavagem de dinheiro e de apropriação indevida de fundos. Ele pode passar anos preso, além de ter seus bens pessoais confiscados pelo governo norte-americano.

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Tecmundo

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