ARC Raiders é o novo extraction shooter em terceira pessoa da Embark Studios — a mesma desenvolvedora de The Finals, que recentemente teve seu segundo teste técnico. O título, que vem chamando atenção dos fãs do gênero, se destacou pelo refinamento das mecânicas, belo visual, ambientação tensa e design sonoro envolvente.
ARC Raiders se passa em um futuro pós-apocalíptico, em que máquinas dominam a superfície da Terra e os humanos sobrevivem em bases subterrâneas. O jogador assume o papel de um raider, aventureiro que se arrisca nas terras arrasadas em busca de munição, materiais e itens deixados para trás pela antiga civilização.
Mas os robôs ARC não são a única ameaça do jogo. Outros raiders também podem ser hostis, eliminando qualquer um no caminho. Em ARC Raiders, todos são inimigos até que se prove o contrário.
Como funciona a gameplay de ARC Raiders?
O jogo se encaixa na categoria dos extraction shooters, em que os jogadores iniciam a partida com equipamentos próprios e devem coletar recursos pelo mapa, concluindo a missão apenas se conseguirem extrair com sucesso. Caso morram no processo, tudo é perdido — inclusive os itens pessoais levados para a expedição.
Assim como em Escape From Tarkov, um dos principais expoentes do gênero, cada movimento deve ser calculado com cautela. As máquinas ARC são inimigos persistentes e variados:
- Bola de Fogo: robô esférico que explode ao contato;
- Dedo-duro: drone de vigilância aérea;
- Vespa: drone de ataque com sub-metralhadoras e choques elétricos;
- Fogueteiro: lança-mísseis altamente destrutivo;
- Baluarte: um robô imponente e letal, entre outros.
Preparação e escolha de mapas
Antes de cada partida, o jogador monta seu equipamento com itens coletados em expedições anteriores, comprados ou fabricados. É possível escolher arma principal, escudo, aprimoramentos, itens de cura, explosivos e armadilhas.
Alternativamente, dá para embarcar com itens aleatórios gratuitos, úteis para quem está com o inventário limitado ou busca uma expedição mais rápida. Nesse modo, a mochila é menor e não há bolsos seguros para guardar loot valioso.
Com o equipamento pronto, os jogadores escolhem uma missão e partem sozinhos, em dupla ou trio. Cada mapa possui um grau de dificuldade próprio, com variações de terreno, concentração de inimigos e condições climáticas. Também há as expedições noturnas, com visibilidade extremamente baixa, elevando ainda mais o desafio. Eventos temporários — como surtos de inimigos ou áreas com mais loot — reforçam a urgência da missão.

Combates intensos e atmosfera imersiva
A jogabilidade de ARC Raiders é cadenciada. Diferente de The Finals, não há espaço para ação frenética: aqui, cada passo importa, e o jogo recompensa decisões táticas, furtividade e cooperação.

O TTK (time-to-kill, ou tempo para matar) é elevado, o que valoriza ações coordenadas entre aliados. Portanto, há um grande incentivo por ações conjuntas, para assim pegar os adversários de surpresa e reduzir ao máximo as chances de fuga ou reação.
O sistema de som, extremamente bem elaborado, é um diferencial: cada disparo, passo ou movimentação denuncia sua posição, intensificando o clima de tensão a todo momento.
Impressões do segundo teste técnico
Minha curiosidade pelo jogo surgiu após assistir a transmissões e gameplays que destacavam a imersão e o alto nível de polimento. Consegui uma chave de acesso pela Steam e, como qualquer outro jogador, recebi convites adicionais para distribuir entre amigos.

Adaptar-se à jogabilidade foi rápido, graças à familiaridade com títulos como Escape From Tarkov e The Last of Us, que também misturam furtividade, sobrevivência e coleta de recursos. O jogo se apresenta com cinemáticas lindíssimas expositivas.
Os sistemas e as interfaces são simples de entender, e são desbloqueados e explicados de forma gradativa, evitando que o jogador fique atordoado com uma quantidade excessiva de informações.
Nas primeiras missões solo, experimentei o sistema de comunicação nativo, que permite interações rápidas com outros jogadores — como pedir trégua, sugerir cooperação ou até provocar com uma dancinha. Isso torna a experiência mais rica e acessível, sem depender de microfone.
Já nas partidas em grupo, me comunicando com amigos via Discord, a estratégia ganhou outra camada. Algumas expedições foram tranquilas, com poucos confrontos, enquanto outras terminaram em intensos tiroteios contra robôs e raiders rivais.

Entre os defeitos encontrados em ARC, o principal talvez sejam os menus do game: é preciso dar muitos cliques para fazer ações básicas de preparação, como criação de itens de cura e outros gerenciamentos de inventário. Além disso, o sistema de melhorias e modificação de armas também merece certo capricho, principalmente para evitar o “vai e vem” de menus antes das partidas.
Embora as inspirações estejam evidentes, ARC Riders é bem mais simples que Escape From Tarkov — e isso, para mim, é ótimo. O jogo da Battlestate Games é bastante complexo, recheado de sistemas ricos em detalhes minuciosos que, para um gamer recém-chegado, são bastante desafiadores. O game da Embark é mais direto ao ponto e, portanto, mais acessível para novatos.
De forma geral, a experiência foi ótima, e o tempo de gameplay limitado deixou um “gostinho de quero mais que”, infelizmente, não há qualquer previsão de quando será suprido.
Lançamento e preço de ARC Raiders
A Embark Studios anunciou ARC Raiders em 2021, e o jogo foi adiado várias vezes desde então. A previsão de estreia é para algum momento de 2025, mas não foi definida qualquer janela de lançamento.
O game estará disponível para PC (Steam e Epic Games Store), PS5 e Xbox Series X|S. Por enquanto, não foram divulgados os requisitos mínimos ou recomendados para rodá-lo no computador.
O jogo será lançado por US$ 40 (cerca de R$ 230 na conversão direta), segundo o produtor executivo da Embark, Aleksander Grøndal. No Brasil, títulos desse perfil costumam ter preço ajustado para algo entre R$ 150 e R$ 180. Além disso, o game contará com passes de batalha e itens cosméticos, mas sem vantagens em gameplay.
Durante o teste técnico, ARC Raiders já contava com menus, interfaces e legendas em português brasileiro, o que mostra atenção à comunidade local. Contudo, não houve servidores na América Latina nesta fase.
Por enquanto, seguimos no aguardo por novidades sobre o próximo teste. E claro: o Voxel e este repórter estarão atentos a qualquer atualização.
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Redirecionando…
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