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Anatel adia decisão sobre pedido da Starlink para aumentar número de satélites no Brasil


A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu adiar a análise sobre o pedido da Starlink para a expansão do seu serviço de internet via satélite no Brasil, conforme anúncio feito na quinta-feira (03). A empresa terá que aguardar mais 120 dias para obter uma resposta à solicitação.

O assunto estava na pauta de discussões da reunião do Conselho Diretor do órgão, realizada por videoconferência. No entanto, os participantes decidiram, por unanimidade, aprovar a prorrogação, concedendo ao relator Alexandre Freire um prazo extra de quatro meses para apresentar sua análise sobre as demandas da operadora.

Em nota ao g1, a agência ressaltou a necessidade do período adicional para averiguar, com maior profundidade, o requerimento feito pela empresa de Elon Musk. Para tanto, foram solicitados novos dados técnicos e informações regulatórias que vão embasar a avaliação do pedido para o aumento da constelação de baixa órbita da companhia.

No momento, a Starlink possui autorização para explorar 4.408 satélites no Brasil, a partir da aprovação dada pela Anatel em janeiro de 2022, quando o governo anunciou parceria com a prestadora para o fornecimento de internet via satélite na Amazônia. Essa licença é válida até o dia 28 de março de 2027.

Qual foi o pedido da Starlink à Anatel?

A Starlink quer aumentar o número de satélites no Brasil em mais de duas vezes. (Imagem: Getty Images)

Na solicitação enviada à agência reguladora, a empresa ligada à SpaceX pediu autorização para aumentar consideravelmente sua frota de satélites operando acima do território nacional. Ela quer atualizar a constelação para um total de 11.908 satélites não geoestacionários.

Esse tipo de dispositivo orbital utilizado pela Starlink gira em torno da Terra em órbitas circulares, mas não na mesma velocidade que o planeta. Operando mais próximo à superfície, tal modelo oferece menor latência e maior largura de banda, contribuindo para levar internet às regiões mais remotas.

Com o aumento da constelação, a operadora pretende melhorar sua cobertura, chegando a ainda mais lugares nos quais as conexões tradicionais não estão disponíveis. Na solicitação, ela também menciona a atualização das redes de satélites associadas ao sistema e a inclusão de mais faixas de radiofrequências.

Se aprovados pela Anatel, esses pedidos permitirão que a companhia melhore a qualidade da internet via satélite em mais regiões, bem como aumente a capacidade e a velocidade da conexão. Durante a análise da solicitação, a agência verificará se as mudanças propostas atendem à legislação e garantem a segurança dos dados.

Liderança no mercado nacional

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A internet via satélite chega a locais onde o serviço convencional não está disponível. (Imagem: Getty Images)

Mesmo com menos de três anos operando no país, a Starlink é a maior operadora de internet via satélite do Brasil. O serviço estreou em maio de 2022 e tem cerca de 335 mil assinantes, conforme dados referentes à quantidade de clientes registrados ao final de 2024.

Isso representa 57% dos acessos por meio deste tipo de conexão no Brasil, superando com folga a principal concorrente, a HughesNet, cuja fatia de mercado é de 31,1%, de acordo com dados da Anatel. ViaSat, Claro e Vivo são outras empresas que disponibilizam o serviço em algumas regiões.

O plano residencial da Starlink custa a partir de R$ 236 por mês, contando com dados ilimitados, enquanto o plano viagem sai por R$ 576 mensais, oferecendo conectividade em movimento, inclusive em viagens internacionais, e cobertura costeira. Também é necessário comprar o kit antena e roteador, cujo preço parte de R$ 2.400.

Já usou a internet da Starlink? Conte a sua experiência com a operadora comentando nas redes sociais do TecMundo.



Tecmundo

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