O presidente do MDB no Rio Grande do Norte e vice-governador do Estado, Walter Alves, celebrou a aprovação, na última terça-feira 6, de um projeto na Câmara dos Deputados que poderá ampliar a representação potiguar a partir das eleições de 2026.
“A aprovação do projeto é uma boa notícia para o Rio Grande do Norte. Passaremos a ter uma bancada federal de 13 parlamentares (10 deputados federais e 3 senadores), o que nos dá mais força para lutar por obras e recursos, com o aumento de verbas através de emendas parlamentares. Quanto mais pessoas para defender os interesses do Estado, melhor”, declarou.
Walter também ressaltou o impacto na Assembleia Legislativa. Segundo ele, o aumento do número de deputados estaduais trará “pluralidade e representatividade para grupos que hoje não têm voz”. Ele frisou ainda que a medida ampliará o alcance do Legislativo potiguar e que “é uma medida acertada porque segue o que está previsto em lei”.
Com a proposta aprovada na Câmara, o Rio Grande do Norte poderá passar de 8 para 10 deputados federais e de 24 para 30 estaduais. A matéria segue agora para o Senado e, se aprovada, será enviada à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A mudança impacta diretamente as articulações em curso para a formação das nominatas partidárias para as eleições de 2026. Isso porque, com mais vagas em disputa, os partidos e federações poderão registrar mais candidatos. No caso da disputa para deputado federal, as nominatas poderão ter até 11 candidatos. Já para estadual, o limite será de 31 candidatos. As chapas devem respeitar a cota de 30% para um dos gêneros.
O analista político Bruno Oliveira registra que a decisão de ampliar o número de deputados federais partiu de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), para “adequação às mudanças populacionais” estabelecidas no Censo Demográfico do IBGE de 2022.
No caso do RN, Bruno reconhece a necessidade do ajuste. “Passamos de 8 para 10 deputados porque há uma distorção clara. A Paraíba, com apenas 500 mil habitantes a mais, tem 12 cadeiras. Era uma correção justa. E o crescimento da bancada traz benefícios concretos: maior capacidade de negociação no Congresso e potencial para mais emendas parlamentares. O efeito cascata também ampliará a Assembleia Legislativa de 24 para 30 deputados”.
Porém, ele criticou o método adotado. “O relator Damião Feliciano (PB) protegeu seu estado – que perderia vagas – optando por criar novas cadeiras em vez de redistribuir as existentes”. Ele foi contundente sobre as motivações reais. “O Congresso agiu para evitar que estados perdessem representantes. É uma vitória do Centrão, que amplia sua base de poder. Se seguíssemos estritamente a proporcionalidade, teríamos uma reforma mais justa, porém politicamente inviável”.
Fonte: Portal Agora RN
Redirecionando…
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