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CEO do Telegram deixa a França após prisão, mas ainda será julgado no país


O cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, deixou a França depois de meses impedido de sair do país pela Justiça local. O empresário, entretanto, ainda terá que responder judicialmente e pode sofrer punições diversas de acordo com o andamento da atual investigação.

De acordo com a Bloomberg, Durov saiu do país europeu e foi direto para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde ele atualmente reside. A ordem para que ele permanecesse na França foi suspensa entre os dias 15 de março e 7 de abril de 2025, o que significa que ele ainda precisa se apresentar novamente em breve às autoridades.

Em uma mensagem publicada no seu próprio canal do Telegram, ele confirmou a viagem. Durov ainda agradeceu aos juízes pela permissão temporária de viagem e aos advogados pelos “esforços em demonstrar que, quando o assunto é moderação, cooperação e lutar contra o crime, por anos o Telegram não apenas cumpriu como excedeu as expectativas legais“.

“Também estou profundamente agradecido pelas milhões de pessoas ao redor do mundo que mostraram apoio por essa jornada inesperada. Isso significou muito. Não há nada que a nossa comunidade com a força de bilhões não possa superar”, escreveu o empresário de origem russa.

Relembre a prisão do CEO do Telegram

Durov foi preso em agosto de 2024 após desembarcar no aeroporto de Paris em um jato particular. Ele foi liberado da detenção dias depois, porém sob a obrigação de permanecer na França enquanto o caso era analisado e julgado.

O russo foi detido sob acusação de que o Telegram estava se recusando a colaborar com investigações judiciais em andamento envolvendo crimes graves e que incluíam o uso do mensageiro por suspeitos. Como cofundador e gerente executivo, ele respondeu por cumplicidade nas ações tomadas da plataforma e também a falta de cooperação contra pedidos formais.

(Imagem: Pexels.com/Viralyft)

O mensageiro é uma plataforma bastante utilizada para organização de atividades ilícitas, como fraude, tráfico de drogas, cyberbullying, crime organizado e até terrorismo. Além disso, a companhia tendia a recusar solicitações de fornecimento de dados de pessoas investigadas para governos e autoridades judiciais — aumentando os números nesse tipo de ação inclusive no Brasil.

Depois da soltura de Durov, o Telegram passou a integrar projetos de segurança digital e até intensificou os próprios esforços de moderação, além de ser mais flexível no fornecimento de dados e detalhes sobre contas de perfis sob investigação.

Quem é Pavel Durov

Nascido em 1984 em São Petersburgo, na Rússia, Pavel Durov foi o fundador da rede social VKontakte, ou simplesmente VK. A plataforma chegou a ser comparada ao Orkut e ganhou popularidade na região, a ponto de sr vendida para o grupo Mail.ru.

Nesse período, ele já se envolveu em polêmicas como executivo de uma plataforma digital ao se recusar a tirar conteúdos do ar a mando do governo russo. Em 2014, ele deixou a companhia em definitivo e também saiu da Rússia, fazendo críticas ainda mais duras à administração de Vladimir Putin.

Ao lado do irmão Nikolai Durov, que também ajudou a cofundar o VK, Pavel criou em 2013 o mensageiro Telegram. Ele foi inicialmente pensado como um serviço mais privado do que outros aplicativos de conversa, além de permitir maior compartilhamento de arquivos e reuniões em grandes grupos.

Bastante consolidado, o Telegram atualmente tem aproximadamente 950 milhões de usuários ativos mensais. Recentemente, Durov também se envolveu em algumas controvérsias por causa da vida pessoal, acusado por uma ex-companheira de agredir um dos filhos e não pagamento de pensão.

Quer saber mais sobre a segurança de dados em aplicativos de mensagens? Confira essa coluna do TecMundo sobre o t



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