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10 desenhos clássicos do Cartoon Network que eram mais sombrios e profundos que pareciam

Quando éramos crianças, sentar na frente da TV com um prato de cereal e assistir aos desenhos do Cartoon Network parecia a fórmula perfeita para esquecer os deveres de casa. Mas, ao revisitar esses mesmos desenhos hoje, com o olhar (e os boletos) da vida adulta, percebemos que havia muito mais ali do que apenas piadas absurdas e visuais malucos.

Muitos desses roteiros escondiam críticas sociais, mensagens emocionais e temas filosóficos por trás das cores vibrantes e do humor escrachado. Os criadores sabiam o que estavam fazendo — e plantaram essas camadas mais densas ali, esperando que um dia a gente voltasse e entendesse tudo.

Abaixo, relembre 10 desenhos que eram bem mais sombrios (e geniais) do que a gente percebia!

10. Hora de Aventura

Por trás das músicas bobinhas e da espada mágica de Finn, se esconde um mundo pós-apocalíptico cheio de camadas. O desenho fala sobre solidão, traumas, memória e até depressão. Alguns episódios parecem poesia existencial animada. Quando o Rei Gelado perde a memória ou Marceline encara a eternidade da vida, é impossível não sentir o peso.

9. Apenas um Show

Mordecai e Rigby são dois amigos tentando fugir das responsabilidades da vida adulta. A série trata com humor (e alienígenas) o medo da estagnação e a ansiedade de crescer. Episódios como “Eggscellent” ou “A Regular Epic Final Battle” trazem dilemas reais com um toque surreal.

8. Coragem, o Cão Covarde

Esse aqui traumatizou meio mundo e com razão. Cada episódio parecia um pequeno conto de terror psicológico. Coragem enfrentava horrores que, no fundo, refletiam medos infantis reais: abandono, rejeição, perda dos pais. O terror era simbólico — e profundamente emocional.

7. As Meninas Superpoderosas

Docinho, Florzinha e Lindinha enfrentavam monstros e vilões, mas também lidavam com temas mais pesados, como identidade, cobrança e até questões de gênero. O vilão “Ele” (Her, no original) era uma representação perturbadora da ambiguidade, e os episódios sobre perfeição e poder falavam com crianças e adultos.

6. KND – A Turma do Bairro

Uma revolução infantil contra os adultos opressores — parece brincadeira, mas a série era uma alegoria elaborada sobre liberdade, perda da inocência e resistência. Quando os personagens começavam a crescer e virar “vilões” do sistema, a mensagem ficava clara: a infância era um território a ser defendido com unhas, dentes e chicletes gigantes.

5. Billy e Mandy

A Morte era um dos personagens principais. Precisa dizer mais? Mas além do humor sombrio, a série abordava o absurdo da existência, o medo da finitude e o vazio emocional com um sarcasmo que só percebemos depois de adultos. Mandy, com seu olhar vazio e falta de empatia, era praticamente uma crítica viva ao niilismo.

4. O Laboratório de Dexter

Parecia só sobre invenções malucas e brigas com a irmã. Mas Dexter, um gênio mirim, simbolizava o isolamento, a cobrança por excelência e a dificuldade de se encaixar. Vários episódios traziam metáforas sobre ego, fracasso e a complexidade da mente humana.

3. A Vaca e o Frango

O nonsense extremo dessa série escondia críticas afiadas à televisão, à família tradicional e até ao consumo desenfreado. O próprio “Bum de Fora” era uma paródia grotesca da figura da autoridade, sempre perseguindo os irmãos com intenções estranhas e inexplicáveis.

2. O Incrível Mundo de Gumball

Misturando estilos de animação, Gumball falava com crianças e cutucava os adultos. A série comentava sobre redes sociais, padrões tóxicos, conformismo e até crises existenciais. A estética fofa era só a isca.

1. Ben 10 (versão original)

Apesar da ação e dos alienígenas, a série tocava em temas como responsabilidade precoce, abandono familiar e o peso de carregar um poder que você não pediu. O personagem principal era uma criança tentando encontrar seu lugar no mundo — enquanto o mundo o colocava no meio de uma guerra intergaláctica.

O Cartoon Network nunca subestimou a inteligência do seu público. Talvez a gente não entendesse tudo quando era criança, mas hoje, ao revisitar esses episódios, percebemos que crescemos — e os desenhos cresceram com a gente. Eles só estavam disfarçados de zoeira.



Tecmundo

Redirecionando…

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